Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os líderes partidários no Senado adiaram para amanhã (8) abusca de um acordo para a votação do projeto de Lei da Micro e Pequena Empresa(Supersimples). Em reunião na tarde de hoje, os líderes não conseguiram fecharum texto comum para votação hoje. Amanhã, às 15 horas, os líderes se reúnem com o presidentedo Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, erepresentantes da Receita Federal para tentar fechar um acordo para a votaçãodo projeto. "Vamos tentar resolver definitivamente algumas diferenças queexistem em relação ao mérito do projeto para votá-lo", disse Calheiros. Segundo Renan Calheiros, é importante acertar todos os pontos de divergência doprojeto antes de levá-lo à votação porque a matéria exige quorum qualificado, epara ser aprovada são necessários no mínimo 41 votos favoráveis dos 81senadores. Calheiros disse que o texto conflita interesses nos estados,municípios e também no sistema "S" (Senai, Sesi, Sesc e Sebrae)."É importante acertar todos os pontos antes de votar. A sociedade exige aaprovação do projeto, já que a micro e a pequena empresa têm um papelimportante na geração de emprego e na economia".A líder do PT, senadora Ideli Slavati (SC), disse que hátambém divergência na data em que a nova lei deve entrar em vigor, previstapara 1 de janeiro de 2007. Segundo ela, os estados e municípios estão pedindouma dilatação do prazo para entrada em vigor da lei, já que eles terão quefazer as adequações necessárias à nova lei. A líder também informou que o sistema "S" estápleiteando uma participação na arrecadação dos impostos das pequenas e microempresas. Segundo ela, a grande preocupação dos senadores é que se for feitaalteração no texto da Câmara, o projeto terá que retornar para nova votação dosdeputados, atrasando a sua sanção e a entrada em vigor.