Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O programa do candidato à reeleição Luiz InácioLula da Silva (PT/PRB/PCdoB) para área de direitos humanos foi detalhado hoje(25) em encontro com representantes de entidades civis, no auditório doSindicato dos Bancários do Estado de São Paulo.Os principais tópicos foram apresentados peloministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência daRepública, Paulo Vanucchi. Vanucchi disse que caso o presidente Lula sejareeleito uma das prioridades será a intensificação do Plano Nacional de AçõesIntegradas para a Prevenção e Controle da Tortura.Além disso, segundo o ministro, o candidatopetista pretende reforçar, ainda em 2007, medidas no sentido de localizaros restos mortais de mais de 100 brasileiros e brasileiras, vítimas deperseguição política durante o regime militar.Integrante da Comissão dos Familiares de Mortos eDesaparecidos Políticos, Maria Amélia de Almeida Teles considerou importante ocompromisso assumido. Ela reivindicou que também sejam investigadas ascircunstâncias das mortes e as responsabilidades, com abertura dos arquivos dasForças Armadas.A coordenadora do Coletivo de Feministas Lésbicase integrante do Fórum Paulista dos Gays, Lésbicas, Bissexuais, travestis etransexuais (GLBT), Maria Fernandes, defendeu a continuidade do programa Brasilsem Homofobia e manifestou apoio à candidatura de Lula.“O programa, lançado em 2004, começou a caminharagora e se o Lula não for reeleito não existe nenhuma garantia de suamanutenção”, avaliou Maria Fernandes.O padre Júlio Lancelotti, da pastoral de Rua,também participou do encontro no Sindicato dos Bancários e disse esperar que osrecursos destinados a projetos em favor da criança e do adolescente não sejamcontingenciados. Lancelotti também manifestou a expectativa os moradores de ruapossam continuar “tendo um lugar de destaque como tiveram até agora”.Na avaliação do coordenador do Movimento Nacional deDireitos Humanos, Ariel Alves, o programa do candidato Lula para a área dedireitos humanos representa um avanço. Para ele, no atual governo, “ospobres foram tratados como seres humanos e essa é principal raiva das elitesque sempre trataram os pobres como animais ou massa de manobra”.