Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As armadilhas desenvolvidas por pesquisadores daUniversidade Federal de Minas Gerais(UFMG) para captura de fêmeas do Aedesaegypti em fase de procriação já estão sendo testadas em três bairros dacapital fluminense. O Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue.A iniciativa foi da pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz),Nildimar Alves Honório, que adotou em sua tese de doutorado o teste do sistemaM.I.Dengue-Monitoramento Inteligente, desenvolvido pela empresa mineira Ecovec,a partir das pesquisas da UFMG.
Convênio firmado entre a Fiocruz, a FundaçãoNacional de Saúde (Funasa) e a prefeitura carioca permitiu a instalação dasarmadilhas nas casas de voluntários nos bairros de Higienópolis, Ilha doGovernador e Vargem Grande há cerca de dois meses.
Segundo informou a assessoria de imprensa doInstituto Oswaldo Cruz, os resultados finais do teste deverão ser conhecidos em2008. Até lá, os moradores receberão toda semana esse sistema de monitoramentointeligente de combate ao mosquito da dengue.
O sistema MosquiTrap atrai as fêmeas adultas do Aedesaegypti, identificando a população existente nas várias áreas pesquisadas. Apósa captura dos insetos, os biólogos da Fiocruz submeterão o resultado do teste aum processamento virológico para apurar que tipo de doença cada mosquitoapresenta, qual é o seu comportamento e a predominância durante todo o dia,entre outros dados. Como o mapeamento está apenas começando, a assessoriaexplicou que ainda não podem ser fornecidos mais detalhes sobre a experiência.A idéia, porém, é que os testes ajudem a prevenir a incidência de dengue no Riode Janeiro.