Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Com apenas 50 mil habitantes, apequena Frutal (MG) não quer repetir a epidemia de dengue que assolou acidade no verão deste ano, quando foram registrados 1.900 casos, com uma morte.
Paraisso, a prefeita Maria Cecília Marchi Borges já entrou em negociaçõescom a empresa Ecovec, que desenvolveu um sistema inovador de informaçãopara combate à dengue, o M.I.Dengue-Monitoramento Inteligente, a partirde pesquisas efetuadas pela Universidade Federal de Minas Gerais.
Segundodisse à Agência Brasil o coordenador da Superintendência deCampanhas de Saúde Pública (Sucam) de Frutal, Marcelo Ferreira, não existe ainda uma norma técnica do Ministério da Saúde implantando osistema no Programa Nacional de Combate à Dengue, de modo apermitir o uso de recursos do Tesouro Nacional pelos municípios.
Poressa razão, a prefeitura local está negociando uma contrapartidapara a utilização do M.I.Dengue. Como Frutal é uma cidade pequena, aprefeitura não dispõe de recursos para a adoção do sistemaM.I.Dengue-Monitoramento Inteligente, cujo custo atinge em torno de R$77 mil por ano, revelou o coordenador da Sucam local.
Emcaráter experimental, o novo sistema foi implantado em julho em Frutal,oferecendo gratuidade durante dois meses. O sucesso foi constatado,segundo Ferreira, pela identificação de populações de mosquitos apartir das armadilhas para captura das fêmeas do inseto, instaladas emtodos os bairros da cidade.MarceloFerreira disse que Frutal está situada na região entre Uberaba eUberlândia. “Nós estamos com muito problema de aedes. O aedes estámuito adaptado ao ambiente, em Minas Gerais”, salientou. Ele afirmou,por outro lado, que está havendo uma grande mobilização da população emtorno do problema, acatando o esforço de divulgação que vem sendorealizado pelo governo municipal. “Nós estamos tentando amenizar oproblema agora nesse verão e eu acredito que nós vamos melhorarbastante”, afirmou. A expectativa é que as reuniões com a Ecovec tenhamêxito para que o monitoramento do mosquito transmissor da dengue nãosofra descontinuidade, avaliou Marcelo Ferreira.