Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Estado brasileiro – governo federal, estados, municípios e estatais – deixou de aplicar R$ 4,6 bilhões em setembro. O corte foi feito para economizar dinheiro e poder pagar os juros da dívida pública. Mas, no mesmo mês, foram gastos R$ 10,9 bilhões em pagamento de juros. Os dados foram divulgados hoje hoje (25) pelo Banco Central (BC). Ao longo do ano, o Estado brasileiro já fez um ajuste – chamado de superávit primário – de R$ 80,5 bilhões. O valor equivale a 5,29% de todas as riquezas produzidas pelo país este ano – o Produto Interno Bruto (PIB).Mas o gasto com juros no mesmo período foi de R$ 121,6 bilhões, o que equivale a 7,99% do PIB. O déficit até agora é, portanto, de R$ 41,1 bilhões.O ajuste fiscal feito de janeiro a setembro é menor que o do mesmo período do ano passado, quando o Estado cortou 6,11% do PIB. O resultado menor, até o momento, é fruto da antecipação do pagamento de metade do 13º salário, avalia o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes. O diretor do BC considera ainda possível atingir a meta de superávit primário para este ano, definida na Lei Orçamentária 2006 em 4,25% do PIB. "Os dispêndios de dezembro serão menores, por causa da antecipação da Previdência”, avalia Lopes.