Alckmin aponta "omissão e conivência" nas investigações sobre dossiê

21/10/2006 - 17h43

Agência Brasil

Brasília - Após carreata hoje (21) em Joinville, interior catarinense, o candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB/PFL) cobrou pressa nas investigações da Polícia Federal sobre a tentativa de compra de um dossiê contra os candidatos tucanos. “Estão escondendo a verdade do povo brasileiro, com mentira, omissão e conivência em casos graves. Tudo indica que se tratava de dinheiro da corrupção”, acusou, segundo informação de sua assessoria de imprensa.Alckmin ressaltou que os suspeitos no caso são pessoas ligadas à campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT/PCdoB/PRB) ou à Presidência da República. O candidato citou Ricardo Berzoini, ex-coordenador da campanha de Lula, Jorge Lorenzetti, que trabalhava na campanha, Freud Godoy, ex-assessor especial de Lula. Todos foram citados nas investigações do dossiê.Alckmin considerou “grave” o fato do chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, ter sido citado em reportagens hoje (21) pois teria ligado para Lorenzetti após a prisão das pessoas ligadas ao partido.A investigação do dossiê começou no dia 15 de setembro, quando quatro pessoas foram presas tentando negociar documentos que envolveriam políticos tucanos com a compra superfaturada de ambulâncias. A Polícia Federal concluiu um relatório parcial e entregou à Justiça Federal, que, por sua vez, autorizou o envio de cópia para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas. As informações correm sob segredo de justiça.A carreata em Joinville contou com as presenças do governador Luis Henrique (PMDB), candidato à reeleição, os senadores Leonel Pavan (PSDB-SC), candidato a vice no estado, e Jorge Bonhausen, presidente nacional do PFL.Alckmin seguiu para São Bento do Sul e Timbó e, depois, para comício em Florianópolis. À noite, o candidato segue para Porto Alegre, em outro comício. Desta vez com a candidata tucana ao governo, Yeda Crusius, e o governador reeleito de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB).