Testes de DNA são feitos em fragmentos de corpos de vítimas de acidente aéreo

16/10/2006 - 21h51

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Departamento de Pesquisa de DNA Forense, da Polícia Civil do Distrito Federal, está analisando fragmentos de corpos de vítimas do acidente com o Boeing 737-800 da Gol, que deixou 154 mortos. Segundo a diretora do Departamento, Cláudia Regina Barbosa de Oliveira Mendez, informou que testes de DNA poderão permitir a identificação desses fragmentos. O Instituto de Medicina Legal já conseguiu identificar 152 das vítimas – três delas hoje. “Temos alguns fragmentos que estão sendo analisados e esses fragmentos podem ser das duas pessoas que ainda faltam ser identificadas ou até mesmo de pessoas que já foram identificadas”, explicou a diretora.Segundo o médico legista do Instituto, Aluizio Trindade, ainda será uma análise sobre as causas da morte dessas pessoas, e os resultados serão anexados aos laudos. "Nossa preocupação agora é identificar as pessoas, para que as famílias possam enterrar seus parentes”, afirmou.Trindade coordenou a equipe que fez a pré-identificação das vítimas na fazenda Jarinã, perto do local do acidente, no norte de Mato Grosso. "Recolhemos informações como as impressões digitais, objetos, alianças, anéis, além de material dos corpos para análise de DNA. Isso porque à medida que o corpo se decompõe, o DNA também se perde e esse procedimento fica mais difícil”, disse.O IML informou que amanhã (17), pela manhã, será divulgado o nome das vítimas identificadas hoje. Um cruzamento entre a lista de vítimas identificadas até ontem e a relação de passageiros e tripulação divulgada pela Gol mostra ainda não foram identificados os corpos de Gilson Azeredo, Huederfidel Viana, Marcelo Paixão Lopes, Vandemir Oliveira e Joana Darc. O avião da Gol caiu quando fazia o vôo 1907, de Manaus ao Rio de Janeiro, com escala prevista em Brasília.