Ministro nega direito de resposta à coligação de Lula e atende, em parte, pedido da campanha de Alckmin

14/10/2006 - 18h52

Juliana Cézar Nunes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Oministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Marcelo Ribeiro respondeu hoje(14) a dois pedidos de direito de resposta apresentados pelas coligações doscandidatos à Presidência da República.Comrelação ao primeiro deles, protocolado pela coligação que apóia Luiz InácioLula da Silva (PT-PRB-PCdoB), o ministro negou direito de resposta ao petista noprograma do candidato Geraldo Alckmin (PDSB-PFL). Na resposta ao segundopedido, Marcelo Ribeiro atendeu, em parte, a reivindicação da coligação queapóia Alckmin.Oministro do TSE determinou que seja proibida, nos programas de Lula, aveiculação do trecho “Enquanto eles acobertaram escândalos", napropaganda de televisão, e do trecho “Enquanto eles, que agora se dizem os paisda honestidade, acobertaram escândalos", na propaganda de rádio.Nopedido de resposta negado pelo ministro do TSE, a campanha de Lula contestava apropaganda tucana apresentada na última quinta-feira (12) por considerarinverídico, calunioso, difamatório e injurioso o trecho sobre os “27 dias que ogoverno Lula não diz de onde veio o dinheiro preso com petistas”.ParaMarcelo Ribeiro, os crimes citados pelos petistas não foram cometidos pelacampanha de Alckmin. “Os fatos são do conhecimento público e, ao quepercebo em um juízo prévio, sustentam, na peça publicitária em questão, críticaao governo Lula", diz o ministro, na decisão divulgada pelo TSE.No pedido de resposta atendidoparcialmente pelo ministro do TSE, a coligação que apóia o ex-governador de SãoPaulo classificava como ofensivo e injurioso o trecho da propaganda de Lula queacusaria o PSDB de fazer “campanha de ódio, dividindo o Brasil”. Esse trecho nãofoi proibido pelo ministro Marcelo Ribeiro.“No mais, penso, neste momento deanálise prévia dos temas postos, que o programa limitou-se à formulação decríticas de conteúdo político, que não autorizam a concessão de direito deresposta”, afirma o ministro, na decisão divulgada pelo TSE.Os dois direitos de resposta ainda serão avaliadospelo plenário do tribunal para decisão final.