Empresário filiado ao PT apresenta no TSE defesa sobre negociação de dossiê

14/10/2006 - 18h11

Agência Brasil

Brasília - O empresário e filiado ao Partido dosTrabalhadores (PT) Valdebran Carlos Padilha entregou na noite de ontem (13) suadefesa ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no processo sobre a supostanegociação do dossiê que envolveria políticos do PSDB na compra superfaturadade ambulâncias.No dia 15 de setembro, em um hotel na capital de SãoPaulo, Padilha foi preso em flagrante com US$ 248,8 mil e R$ 1,168 milhão. De acordo com informações do TSE, na defesa,Valdebran Padilha afirma que ele tinha como tarefa “acompanhar a entrega dedocumentos e certificar-se da existência do dinheiro” para pagamento domaterial.Padilha nega ter qualquer participação nacampanha federal, contato com lideranças do partido, conhecimento sobre aorigem do dinheiro ou intenção de obter vantagem pessoal com a negociação dodossiê.O empresário diz que foi procurado pelo dono daempresa Planam, Luiz Antonio Vedoin, para negociar a entrega dos documentos,com exclusividade e teria atendido ao pedido de “ajuda” por conta de relaçõeseconômicas e pessoais anteriores.Em seguida, a negociação, de acordo com Padilha,teria envolvido o agente aposentado da Polícia Federal Gedimar Pereira Passos,o funcionário do Banco do Brasil Expedito Afonso Veloso e o empresário DarciVedoin. O grupo, segundo o petista, encontrou-se em Cuiabá (MT) e Brasília.O TSE apura a negociação desde o dia 19 de setembro,quando o corregedor-geral eleitoral, ministro Cesar Asfor Rocha, determinou aabertura de investigação judicial eleitoral contra o presidente Luiz InácioLula da Silva e mais cinco representados supostamente envolvidos no caso.