Debates sobre HIV/aids fortalecem a auto-estima dos jovens, diz coordenadora

13/10/2006 - 21h40

Flávia Castro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Temas como sexualidade, gravidez e luta por direitos foram discutidos no 1º Encontro Nacional de Jovens Vivendo com HIV e Aids, encerrado hoje (13). Palestras e oficinas reuniram 78 jovens de 14 a 20 anos infectados com o vírus da doença. Desde ontem (12), segundo a coordenadora do Grupo pela Vidda, Elizabeth Franco, eles ficaram mais sensibilizados para a descoberta de novas possibilidades: "O melhor resultado que temos daqui é que eles saem com a perspectiva de que têm direito a ter projetos de vida". No encontro, disse, “o jovem percebeu a importância de ele ser sujeito de sua própria história". Para Elizabeth Franco, o jovem "saiu daqui com a certeza de que deve cooperar com a sociedade a fim de encontrar respostas para as questões ligadas à aids”.A coordenadora lembrou que o encontro teve o objetivo de fortalecer a auto-estima dos adolescentes para contribuir na elevação da qualidade de vida e na diminuição do preconceito. “Apesar de tanta informação sobre a aids, o estigma e a discriminação são os aspectos que mais ferem os direitos humanos desse jovem hoje, que muitas vezes acaba isolado”, acrescentou. Dados do Ministério da Saúde indicam que a aids mata diariamente 30 pessoas no país, o que resulta em 11 mil mortes por ano. Em 2004 foram diagnosticados 8.366 casos da doença, sendo 71 em adolescentes de 13 a 19 anos do sexo masculino e 102 em jovens do sexo feminino.