Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deverá ficar para depois do segundo turno das eleições. Hoje (10), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reuniu-se com os líderes partidários da Casa e da Câmara para tentar um acordo, mas não conseguiu viabilizar a votação da LDO, do Projeto de Resolução que muda regras de funcionamento da Comissão Mista de Orçamento e de créditos suplementares. "Quando houver acordo para que possamos colocar em votação, e houver quórum, vamos votar. Estava tentando definir uma Ordem do Dia consensual, uma convergência dos partidos para que pudéssemos votar, mas não está sendo fácil compatibilizar o funcionamento normal das Casas com as eleições", disse Renan Calheiros.De acordo com o líder da minoria, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), os líderes partidários concordaram em votar as mudanças nas regras de funcionamento da Comissão e projetos de crédito, mas não a LDO. "Não há acordo, porque é política para o próximo ano e quem deve estabelecer isso é o presidente eleito", disse.Tanto Aleluia quando o líder do governo, deptuado Arlindo Chinaglia (PT-SP), acham mais provável que a LDO seja votada depois do segundo turno das eleições. "Talvez tenhamos que esperar o resultado do segundo turno para poder fazer o Congresso funcionar pensando só País e não no poder deste ou daquele, em função da disputa eleitoral", afirmou.A Comissão Mista de Orçamento aprovou hoje projeto de lei, do Poder Executivo, que inclui no Orçamento deste ano os planos de carreira e o aumento na remuneração dos servidores do Tribunal de Contas da União (TCU), do Ministério Público, do Poder Judiciário e do próprio Executivo. Os limites financeiros de gastos do Orçamento foram ampliados em R$ 1,77 bilhão.Também foi aprovado o Aviso 19/06, do Tribunal de Contas da União (TCU), que pede a retomada das obras em três trechos da rodovia BR-282, ligando Florianópolis (SC) à fronteira com a Argentina. A obra no trecho São José Cerrito-Campos Novos havia sido embargada pelo TCU por indícios de superfaturamento, mas o tribunal reavaliou a decisão.