PDT vai apoiar candidato que aceitar termo de compromisso "com o povo"

05/10/2006 - 22h06

Mariana Schreiber
Da Agência Brasil
Brasília - O PDT ainda não decidiu qual candidato apoiará no segundo turno da eleição presidencial. A Executiva Nacional e os dirigentes estaduais do partido se reuniram hoje (05), na Fundação Alberto Paqualini, centro do Rio, para decidir que critérios adotarão na definição do apoio. Segundo o presidente do PDT, Carlos Lupi, na reunião foi elaborado um documento com compromissos de governo a serem assumidos pelo candidato.O apoio do partido dependerá da adesão formal dos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva ou Geraldo Alckmin aos compromissos propostos pelo PDT. O partido não informou o que fará se os dois candidatos apoiarem o documento. Lupi disse que os compromisso propostos são com o povo brasileiro e não com o partido: “O PDT está sempre com o povo. Aquele que tiver compromissos que para nós são muito importantes para a população, é para quem depositaremos nosso voto”.Entre os compromissos elaborados estão: iniciar a implementação do ensino em tempo integral nas escolas de ensino fundamental de todo o país; não realizar nenhuma modificação na legislação trabalhista; manter o piso nacional de salário mínimo para pensões e aposentadorias; e não privatizar nenhum órgão público, especialmente o Banco do Brasil, a Petrobrás e a Caixa Econômica Federal. O PDT exige ainda que o candidato se comprometa a adotar política desenvolvimentista para o país, que priorize o pequeno e médio empresário. O candidato derrotado, senador Cristovam Buarque (DF), defendeu o compromisso de implantação no país do ensino integral. Mas reconheceu que não é possível implementá-lo de uma vez em todas as escolas de ensino fundamental do país. Disse que para ter apoio do PDT, o candidato deve apresentar metas concretas para os quatro anos de governo.“Nossa proposta era de federalizar todo o ensino no país e de ter, em quatro anos, 1000 cidades com ensino integral. Não podemos exigir algo tão radical desses candidatos, mas queremos ao menos que se inicie esse processo”, explicou.