Raquel Mariano
da Agência Brasil
Brasília - Em nota divulgada hoje (4) pelo Ministério das Relações Exteriores, o ministro do Meio Ambiente do Reino Unido, David Milliband, nega a intenção de promover a internacionalização de terras na Amazônia. O ministro participou de encontro na cidade de Monterrey, no México, onde o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Cláudio Langone, chefia a delegação brasileira. “Deixei muito claro que o interesse do governo do Reino Unido não é o de apoiar ou promover a compra da Floresta Amazônica, mas, sim, de trabalhar com os colegas brasileiros (e outros países) para apoiar o manejo florestal sustentável”, afirma a nota de Milliband.A proposta de "um plano de privatização da Amazônia" havia sido divulgada no domingo (1º) pelo jornal britânico Daily Telegraph, em reportagem assinada por Patrick Hannessy. O plano, segundo o jornalista, resolveria problemas de desmatamento da Amazônia e serviria para proteger a região.O ministro Milliband teria feito a proposta durante a reunião sobre clima, energia e desenvolvimento sustentável realizada desde ontem (3) no México. No encontro também foram abordados temas como a substituição dos combustíveis fósseis e as ações para implementação da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, prevista para novembro, em Nairóbi (Quênia).Em resposta à reportagem, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou hoje que "a Amazônia brasileira não está à venda”. E Langone informou, em nota, que ontem foi procurado pelo ministro do Reino Unido: "Ele negou a intenção de fazer qualquer anúncio a respeito da proposta veiculada pela imprensa. Da mesma forma, Miliband afirmou ter sido mal interpretado em suas declarações à imprensa daquele país”.