Metade dos bancários de Manaus aderiu à greve, segundo sindicato

05/10/2006 - 0h47

Thaís Brianezi
Repórter da Agência Brasil
Manaus - O presidente do Sindicato dos Empregados de EstabelecimentosBancários do Amazonas (Seeb-AM), Nindberg dos Santos, informou à <b>Radiobrás </b> que 1,2 mil bancários de Manaus aderiram à greve nacionalda categoria, por tempo indeterminado, a partir de hoje (5). Eles representammetade dos trabalhadores do setor na capital. O total de bancários no estado éde 2,9 mil.Na terça-feira da semana passada(26), quando a ConfederaçãoNacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) promoveu umaparalisação de advertência, o número de bancários do Amazonas que participaramdo movimento também foi de 1,2 mil pessoas – todas em Manaus.“São praticamente os mesmos trabalhadores que hoje entraramem greve”, confirmou Santos. “Estamos fazendo panfletagem na frente dasagências e conversando com os outros colegas, para que eles reforcem nossaluta”.De acordo com Santos, o Unibanco é o único banco privado emque os trabalhadores estão parcialmente parados, no Amazonas. Os demais grevistastrabalham em bancos públicos: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Bancoda Amazônia (Basa).A adesão do Amazonas à greve nacional foi acordada ontem, emassembléia geral do Seeb-AM. “No interior do estado, os bancários estão sereunindo hoje para discutir o resultado da assembléia e decidir se vão parartambém”, informou Santos.O gerente regional do Basa, Antônio Carlos Benetti, declarouque apenas 20% dos 110 funcionários da empresa em Manaus aderiram à greve.“Temos duas agências aqui e uma está parcialmente parada. A outra funcionanormalmente”, garantiu.A principal reivindicação dos bancários é o reajuste de16,67%, o que representaria a reposição salarial e um aumento real (acima dainflação) de 7,05%. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), até agora,ofereceu reajuste de 2,85%.