Gabriel Corrêa
Da Agência Brasil
São Paulo - Em cinco a dez anos, o Brasil será "necessariamente um competidor mundial ofensivo na área industrial e na área de serviços também”, afirmou hoje (5) o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. Na abertura de fórum sobre a internacionalização das empresas brasileiras, ele defendeu que o Brasil use outros países não apenas como mercado consumidor, mas também como plataforma comercial. E deixe de ser ofensivo apenas na agricultura. Segundo Furlan, a parcela referente ao comércio externo no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro quase dobrou desde a década passada: “Nos anos 90, o total do comércio exterior equivalia a 14% do PIB. Nos últimos quatro anos, demos um salto: ultrapassamos a barreira dos 20% e estamos chegando a 30% do PIB”.O ministro defendeu ainda que "a principal vitrine [de um país no exterior] é a presença de produtos e de marcas, e é natural que as empresas coloquem sua produção em diferentes países”. E lembrou que quando negocia na Organização Muncial de Comércio (OMC) e em tratados bilaterais, o Brasil está "apto a fazer concessões em troca de abertura de mercado para nossas empresas e nossos produtos”.Na avaliação de Furlan, os desafios para alcançar esse estágio de internacionalização são aumentar o investimento na educação escolar e profissional, e diminuir a carga tributária.