Ivan Richard
Da Agência Brasil
Brasília - A greve dos bancários no Distrito Federal atinge mais de60% das agências, segundo informou hoje (5) o diretor executivo da Secretariade Imprensa do Sindicato dos Bancários DF, Eduardo Araújo. Ele disse que aparalisação tem mais força entre os bancos públicos, como Banco do Brasil (BB),Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco de Brasília (BRB).
“Alguns bancos têm insistido em abrir as portas enós vamos às agências, fazemos reuniões e os funcionários têm aderido à greve”,disse Araújo em entrevista à Agência Brasil. “Mesmo aquelas que abrem asportas durante o início do dia, a gente consegue fechar depois de dialogar comos funcionários”, completou.
De acordo com Araújo, liminares da Justiça têmdificultado a ação do sindicato nos bancos privados. “No Bradesco, por exemplo,tem um interdito proibitório que a Justiça concedeu à empresa, para que a gentenão faça os piquetes. Com isso, acaba abrindo a agência e a gente tentaconvencer as pessoas a saírem da dependência”, contou.
Os bancários reivindicam reposição salarialcorrespondente à inflação dos últimos 12 meses, mais 7,05% de aumento real eparticipação nos lucros da empresa. A última proposta feita pela FederaçãoNacional dos Bancos (Fenaban) foi de reposição salarial da inflação do período(2,85%), aumento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) sobre 80% dosalário, mais abonos de R$ 823, de imediato, e de R$ 759, fixo, desde que obanco atinja 20% do crescimento previsto para o período 2005/2006.
Ontem (4) à noite, em assembléia, os bancários doDF recusaram a proposta dos bancos e decidiram manter a greve por tempoindeterminado.
O movimento não atinge os caixas eletrônicos, nosquais os clientes podem fazer operações de saque, depósito e pagamento. Araújopediu à população que entenda a luta da categoria. “A gente pede paciência.Até, se possível, que eles possam entrar em contato com a Federação dos Bancospara que eles resolvam logo o problema o mais rápido possível”, afirmou.