Julio Cruz Neto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A condenação de 14 pessoas por agressões contra internos da Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem) é “um passo na direção certa”, de acordo com a Anistia Internacional – que manifestou, através de nota, seu desejo de que esta decisão seja seguida de “profundas reformas” nas unidades de internação brasileiras.Para a entidade, as autoridades paulistas deveriam tomar uma série de atitudes, tais como: garantir independência dos órgãos responsáveis por investigar tortura, como o Instituto Médico Legal; cumprir o Estatuto da Criança e do Adolescente, garantindo a integridade física dos internos; providenciar policiais e seguranças com treinamento adequado para não violar direitos humanos; investigar seriamente as acusações restantes de tortura e julgar os acusados.A pena dos 14 réus foi divulgada ontem (4). Eles foram condenados a penas variadas, que juntas somam 925 anos de prisão. Segundo o Fórum Criminal Paulista, essa foi a maior condenação por crime de tortura já aplicada em São Paulo. Outros seis acusados não foram condenados.