Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A padronização da motocicleta e do uniforme usado pormotoboys, mototaxistas e motofretes pode ajudar a diminuir o número deacidentes envolvendo esses motociclistas, segundo a avaliação do presidente daFederação dos Mototaxistas e Motoboys do Brasil (Fenamoto), Robson AlvesPaulino. O modelo, segundo Paulino, foi adotado em novembro de 2003 em Goiânia,onde todos os motociclistas ligados à federação passaram a usar capacete ecolete amarelos, com fitas refletivas, e com número da permissão concedida pelaprefeitura estampado nos capacetes e na lateral das motos, que também sãoamarelas. De acordo com Paulino, depois que a padronização foiimplementada na capital goiana, o número de acidentes com motos caiu 84%. Desdeentão, segundo ele, nenhuma morte de motoboy ou mototaxista foi registrada.O presidente da Fenamoto afirmou que o quadro em Goiânia édiferente do verificado em outras capitais brasileiras, onde a violência notrânsito mata um motociclista a cada 30 horas. “É um número alarmante”,alertou. Robson Paulino disse que a idéia é expandir o modelo depadronização para as outras capitais. “A padronização traz uma identificação euma segurança tanto para motociclistas como para usuários desses serviços”.Segundo a Fenamoto, em todo o país há cerca de 1,5 milhão demotoboys e motofretes e de 500 mil mototaxistas. No entendimento do presidenteda federação, para reduzir o número de mortes entre esses profissionais tambémé preciso aprovar uma lei para regulamentar a atividade, assim como investir naformação dos condutores. Paulino participou hoje (25) do 1º Seminário Denatran deEducação e Segurança no Trânsito, em Brasília. Promovido pelo DepartamentoNacional de Trânsito (Denatran), o encontro faz parte das atividades da SemanaNacional de Trânsito, que termina hoje. O tema este ano é Você e a Moto: umaUnião Feliz.