Pesquisa aponta aumento de carteiras assinadas e da remuneração dos trabalhadores em agosto

21/09/2006 - 14h53

Norma Nery
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O número de carteiras assinadas e o rendimento dos empregadoscresceram no mês de agosto em seis regiões metropolitanas do país, apesar dataxa de desemprego ter se mantido estável e não apresentar  queda nosúltimos seis meses. A constatação é da Pesquisa Mensal de Emprego (PME),divulgada hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE).O gerente da pesquisa, Cimar Azeredo, disse que aestabilidade da taxa de desemprego não é considerada negativa. Segundo ele,apesar da taxa não corresponder à expectativa de queda, houve uma evolução muito boa no mercado de trabalho.“O cenário que o mercado de trabalho mostrou napesquisa do IBGE é a de um mercado bastante favorável no sentido que se tem umnível de ocupação subindo, com mais empregos com carteira assinada e também o rendimentoda população ocupada subindo. A taxa de desocupação não cede, mas a gentepode apostar que esse efeito da taxa não estar cedendo é em função até mesmodesse mercado atrativo, onde a população ocupada tem um poder de compra maior,e tem mais emprego formal. Isso pode estar estimulando e fazendo com que maispessoas  procurem o mercado de trabalho”, explicou.Os dados da pesquisa mostram que os resultados sãopositivos, principalmente na comparação mês a mês (julho/agosto) e em algunsindicadores do mesmo período do ano (2005/2006). A taxa de desemprego em agosto recuou ligeiramente,caindo para 10,6 %, enquanto em julho registrou 10,7%. Mas aumentou 1,2 pontopercentual em relação a agosto de 2005. O rendimento médio da população ocupada de R$ 1.036,20,cresceu 0,7%, após registrar  igual percentual de queda em julho. Nacomparação de agosto de 2005 e agosto de 2006, o aumento foi de 3,5%.Também houve aumento no número de pessoas ocupadas. Emapenas um mês, o acréscimo foi de 226 mil (1,1%) e em relação a agosto de 2005,a ocupação cresceu 2,8 %. Também na comparação agosto 2005/2006, mais 472 milpessoas tiveram suas carteiras de trabalho assinadas. O aumento de contrataçõesno setor privado foi de 5,9%.No agregado das seis regiões - Recife, Salvador, BeloHorizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre -, o grupamento deatividade “outros serviços” (hospedagem, turismo, comitês eleitorais e clubes) cresceuem 2,5 % na comparação mensal. O gerente da pesquisa Cimar Azeredo disse que não tem dadospara assegurar que o aumento de empregos nesse setor se deve às contrataçõespara campanhas eleitorais. Mas observou que se assemelha a igual período doano eleitoral de 2002.Na comparação anual, houve um crescimento de4,2% no contingente de ocupados  nos grupamentos de atividade comércio,reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos, comércioa varejo de combustíveis, serviços domésticos e outros serviços.