Países da América Latina discutem rede de capacitação sobre saúde do trabalhador

20/09/2006 - 21h21

Aline Bravim
Da Agência Brasil
Brasília - Um mecanismo que ajude a evitar acidentesdurante o expediente, a evitar contaminação com agrotóxico, no caso detrabalhadores rurais, e a inseri-los nos debates relacionados ao tema saúde no trabalho, possibilitando a eles maior acesso a informações. Com esse objetivo, representantes do Brasil, Peru,Venezuela, Colômbia, México, Argentina, Bolívia e Chile discutiram hoje (20) a criação da Escola Continental deSaúde dos Trabalhadores, que pretende ser uma rede de capacitação, via internet ou pormeio de palestras, para especializar qualquertipo de trabalhador e conscientizá-lo a respeito da saúde no trabalho. Asdiscussões do projeto, realizadas no 2º Encontro da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador, encerrado hoje em Brasília, começaram no Fórum Social Mundial, em fevereiro, em Caracas (Venezuela), por iniciativa daAssociação Latino-americana de Medicina Social. Mas segundo o pesquisador Carlos Minayo, da Fundação Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro, ainda há questões a serem desenvolvidas e esclarecidas. "O termo 'escola' foi usado, mas confunde. É mais do que escola – é um espaço de troca de experiências e informações sobre a forma de tratar diversos problemas relacionados à saúde do trabalhador". De acordo com Marco Pérez, coordenador da área técnica de Saúde do Trabalhador doMinistério da Saúde, a criação da escola traz muitos benefícios. "Será uma troca de experiências entre os países envolvidos e propiciará nossa participação em alguns pontos prioritários", disse. João Barbosa de Arruda, diretor do Sindicato da Construção Civil do Distrito Federal, disse que aprova a idéia de criação da escola, mas "ela ainda está muito restrita: faltam participantes, falta divulgação". O próximo encontro da Rede Nacional de AtençãoIntegral à Saúde do Trabalhador será realizado na Venezuela, em outubro de 2007.