Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Prioridade para a revitalização de bibliotecas públicas a partir de 2007 é uma das propostas do "Manifesto do Povo do Livro", entregue hoje (21) por editores, livreiros e autores ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O documento foi assinado por mais de três mil profissionais ligados à produção e distribuição de livros no país.Eles pedem que cada cidade do país tenha uma biblioteca pública com acervos variados, funcionários capacitados e recursos para manutenção. “É ela [biblioteca pública] o meio mais eficiente de proporcionar educação continuada à população e, dessa forma, ser instrumento de democracia e de política social”, diz o manifesto.Para os profissionais do setor, políticas públicas de estímulo à leitura e que facilitem o acesso ao livro são necessárias para reverter os baixos níveis de leitura do país. O brasileiro lê menos de dois livros por ano, média inferior à de países menos desenvolvidos que o Brasil, como a Colômbia.“A escrita e a leitura constituem não só o mais forte amálgama entre elas como o caminho indispensável para a formação do cidadão crítico, emancipado, inserido em seu meio e capaz de modificá-lo. Embora não seja a via única de acesso ao conhecimento e à informação – o que compartilha com outras linguagens, como a visual e a eletrônica-, o livro continua a ser a maior invenção do último milênio e a ocupar um papel central na sociedade”, destaca o documento.“Com leitura e acesso aos livros, cada dia pode ser uma nova oportunidade na vida”, disse o diretor-regional da Organização dos Estados Ibero-Americanos, Daniel González, que participou da cerimônia no Palácio do Planalto. Em 2005, foi comemorado o Ano Ibero-Americano da Leitura. A Política Nacional para o Livro e a Leitura tem o objetivo de aumentar em 50% o nível nacional de leitura até 2008 e de dobrar o número de leitores em todo Brasil até 2010. O manifesto foi entregue a Lula pelo escritor indígena Daniel Munduruku.