Congresso em Santos discute atendimento de DST e aids na rede básica de saúde

17/09/2006 - 19h17

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Começa hoje (17), em Santos (SP), o 6º Congresso Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis, que vai  discutir o atendimento dos pacientes portadores de doenças sexualmente transmissíveis, as chamadas DSTs, na rede básica de saúde. Tem início também hoje em Santos o 2º Congresso Brasileiro de Aids. Os dois encontros vão até quarta-feira (20) e têm apoio do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde.Segundo o responsável pela Unidade de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) do Programa Nacional DST e Aids do Ministério da Saúde, Valdir Pinto, o congresso é importante porque atualiza os conhecimentos em termos de doenças sexualmente transmissíveis e do vírus HIV, mostra como trabalhar os programas de DST e atualiza os profissionais na conduta dessas doenças, que no país geram cerca de 10 milhões de casos novos todos os anos.De acordo com números apresentados pelo Ministério da Saúde, os 10 milhões de casos referem-se somente a registros de DST, excluindo-se os de Aids, que geram aproximadamente 30 mil novos casos por ano.Valdir Pinto ressaltou que a prática do sexo seguro continua sendo a mais importante forma de prevenção das DSTs e da aids, mas disse que também é importante as pessoas reconhecerem os sinais e sintomas das doenças.“Não existe um único sinal que identifica as DSTs. Existem vários: uma ferida, uma verruga, um pequeno corrimento. A verdade é que, assim que aparecer qualquer sinal ou sintoma que não se tinha observado antes, deve-se procurar um serviço de saúde para não deixar que a DST se agrave. Uma DST não tratada pode levar a aborto, parto prematuro, infertilidade e fazer com que uma criança nasça infectada pela doença. E as DSTs são porta de entrada para o vírus HIV”, alertou. A expectativa dos organizadores é que cerca de três mil pessoas participem dos congressos, entre cientistas, representantes de organizações não-governamentais, gestores, estudantes e profissionais da área de saúde. Parte do evento deve ter transmissão ao vivo no site www.aids.gov.br/mediacenter.