Edla Lula
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A proposta orçamentária da União para o próximo ano,divulgado nesta tarde pelo ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, PauloBernardo, prevê receita líquida de R$ 501,6 bilhões, correspondentes a 21% do Produto Interno Bruto (PIB). Asdespesas obrigatórias, que incluem, por exemplo, os salários dos servidores e os gastoscom salário mínimo, devem chegar a R$ 352,9 bilhões. O governo prevê aindagastos com despesas discricionárias (investimentos e custeio da máquina administrativa) de R$ 97bilhões.Enquanto a previsão é de que as receitas crescerão R$ 43,1bilhões em relação a este ano, ficando em 21,81% do Produto Interno Bruto (PIB)contra 21,82% de 2006, as despesas obrigatórias subirão R$ 30,8 bilhões, saindo de 15,33% do PIB para15,35%. Já as despesas discricionárias crescerão R$ 9 bilhões, permanecendo em4,2% do PIB. Com isso o governo deixará de cumprir um dispositivoinserido pela própria equipe econômica na Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO),de redução dos gastos em 0,1 ponto percentual de um ano para o outro. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, comentou que oCongresso Nacional, que ainda vota a LDO, modificou o dispositivo, por isso eleespera que as mudanças necessárias sejam feitas após a definição da LDO.“Queremos que o Congresso termine de votar LDO para fazer asadequações na nossa proposta. Fica difícil exigir o cumprimento de uma regraque não existe de fato”.