Países da Bacia do Prata decidem treinar 500 educadores ambientais via intercâmbio

31/08/2006 - 19h30

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Foz do Iguaçu (PR) - Os cinco países da Bacia do Prata (Brasil, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina) decidiram lançar um programa piloto de educação ambiental com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos 132 milhões de habitantes da região. Eles estiveram reunidos até hoje (31) em Foz do Iguaçu, para o 1º Encontro de Especialistas em Educação Ambiental.A idéia é treinar aproximadamente 500 educadores, 100 de cada país, nos próximos dois anos. Cada nação vai sediar um curso, com metade das vagas destinadas a participantes estrangeiros. A  criação de um Centro de Saber Ambiental também foi decidida.O diretor de coordenação da Itaipu Binacional, Nelton Friedrich, avaliou o encontro como “histórico”. Segundo ele, além de agregar mais de 60 especialistas da Bacia do Prata, o encontro reuniu delegações do Chile e do México.Segundo Marcos Sorrentino, do órgão gestor de educação ambiental do governo federal, a experiência do programa Formação de Educadores Ambientais (FEA), implantado na região de Foz do Iguaçu com o apoio de 43 instituições e 34 prefeituras, será aproveitada na Bacia. Hoje, existem 60 experiências semelhantes em todo o país e a idéia é chegar a 300."Apesar de o FEA fornecer uma base, a metodologia e os conteúdos serão adaptados de acordo com a realidade de cada país", explicou Sorrentino.A idéia é coordenar as ações ambientais dos ministérios do Meio Ambiente e da Educação dos cinco países e aumentar o intercâmbio entre pesquisadores e educadores.O encontro foi promovido pela Hidrelétrica de Itaipu, pelos ministérios do Meio Ambiente e da Educação e pela coordenação de educação ambiental do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).