Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou hoje (29) em São Paulo o plano de governo que pretende colocar em vigor caso seja reeleito nas eleições deste ano. O texto do projeto destaca como principais objetivos o desenvolvimento, a distribuição de renda e a educação de qualidade.
"O nome do meu segundo mandato será desenvolvimento. Desenvolvimento com distribuição de renda e educação de qualidade", diz Lula, no início do texto de 32 páginas.
O documento destaca ainda outros quatro focos do programa: combate à exclusão social, à pobreza e à desigualdade; ampliação da democracia; garantia da segurança da população; e inserção soberana do Brasil no mundo.
"Estão construídas condições objetivas para um maior crescimento com juros mais baixos, aumento dos investimentos e intensificação das políticas sociais, preservando o equilíbrio macroeconômico. O que está em jogo agora é aprofundar esse processo e criar uma nova dinâmica em nossa sociedade."
O plano de governo é assinado pelos três partidos da coligação que apóia Lula: Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PC do B), e Partido Republicano Brasileiro (PRB). Entre outras questões, ele propõe a continuidade na redução das taxas reais de juros, o apoio às micro e pequenas empresas, a aprovação de uma reforma política e a criação de um ticket cultural para ampliar o acesso a bens culturais.
Segundo Marco Aurélio Garcia, coordenador do programa, também participaram da produção do documento intelectuais, sindicalistas, integrantes de movimentos sociais, membros do governo federal e governos estaduais, representantes de organizações não-governamentais e apoiadores da reeleição do presidente.
Até o momento, o candidato do PSDC, José Maria Eymael, havia sido o único a apresentar oficialmente o programa de governo. Eymael lançou o projeto durante a convenção que o indicou como candidato, no dia 17 de junho. Com 27 itens, em alusão ao número do PSDC, o programa de quatro páginas seria "uma visão sintetizada de grandes idéias".
De acordo com a assessoria do candidato pedetista Cristovam Buarque, ainda não há previsão para o lançamento do programa de governo. O PSL, de Luciano Bivar, disponibilizou 13 propostas no site do candidato e não pretende fazer o lançamento de um programa oficial.
Já o Psol, de Heloísa Helena (Psol/PSTU/PCB), pretende apresentar o seu programa de governo na quinta-feira (31), assim como o PCO, do candidato Rui Pimenta. O PRP, da candidata Ana Maria Rangel, ainda não tem previsão de apresentação do plano de governo.
Já o candidato do PSDB, de Geraldo Alckmin (PSDB/PFL), vem apresentando publicamente propostas pontuais. De acordo com a assessoria do candidato, os pontos do seu programa - que apresenta mais de 30 temas - serão disponibilizados aos poucos no site do candidato.
Entre as propostas já apresentadas por Alckmin estão: promoção do crescimento econômico, inserção da segurança pública como prioridade nacional, valorização da educação e ampliação do sistema de saúde.