Ivan Richard
da Agência Brasil
Brasília - O coordenador do Programa Pantanal, um dos quatroprojetos-piloto para implementação da Avaliação Ambiental Estratégica (AAE),Paulo Cabral, disse que a avaliação é muito mais ampla do que os Estudos deImpacto Ambiental (EIA), realizados para medir danos ao meio ambiente. Segundo Cabral, as principais diferenças ocorrem no tempo ena escala de cada levantamento. “Em relação ao tempo, normalmente o Estudo deImpacto Ambiental é feito depois que se já tomou a decisão de se fazer umdeterminado investimento, inclusive quando já se definiu a tecnologia”,explicou. “A Avaliação Ambiental Estratégica se difere porque aconteceantes da definição dos projetos e a sua amplitude é maior, vai além da análiseespecífica de cada projeto. Vê um conjunto de empreendimentos de um territórioou de um setor da economia. Ela procura ver, inclusive, os impactosacumulativos que poderão ocorrer da somatória de empreendimentos específicos”. De acordo com o Paulo Cabral, que participa do SeminárioLatino-Americano de Avaliação Ambiental Estratégica, promovido pelo Ministério doMeio Ambiente, a AAE não é realizada com uma idéia pré-fixada sobre possíveispotenciais da região a ser analisada. “O ecoturismo é uma das alternativas para o uso econômico doPantanal, é uma alternativa que já vem sendo colocada em prática e temdemonstrado que pode acontecer em equilíbrio com as dimensões sociais eambientais da região. Mas existem outras atividades econômicas, como a pecuáriae a exploração de minérios. É esse conjunto de alternativas e de ameaças quepodem colocar em risco a sustentabilidade do meio ambiente (do Pantanal) que serãoanalisadas por meio da Avaliação Ambiental Estratégica, que vai tentar levantarum conjunto de informações, tanto da dimensão social e econômica como ambiental,procurando analisar as melhores alternativas dos recursos naturais que garantama sustentabilidade”, argumentou.