Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) discutiu hoje (29) a possibilidade de serem investidos inicialmente R$ 5 bilhões dos recursos do patrimônio próprio em obras de infra-estrutura. Segundo o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, essas aplicações poderiam chegar a até 80% do patrimônio líquido do fundo (R$ 20 bilhões), resultando em investimentos que poderiam atingir R$ 15 bilhões ou R$ 16 bilhões. Marinho informou que também foi discutida a possibilidade de os correntistas do FGTS aplicarem parte de sua conta em obras de infra-estrutura à sua escolha e risco, a exemplo do que foi feito no passado com ações da Petrobras e da Companhia Vale do Rio Doce. De acordo com o ministro, esses assuntos ainda vão ser maturados, e o Poder Executivo deverá mandar ao Congresso Nacional projeto de lei, no final do ano ou no começo de 2007, caso o presidente Lula seja reeleito. O FGTS tem saldo de R$ 176 bilhões, sendo R$ 60 bilhões aplicados em títulos públicos. O fundo é detentor de R$ 20 bilhões de patrimônio próprio. O FGTS participaria com até 30% do custo dos empreendimentos de infra-estrutura que viria a ajudar e o lucro do dinheiro aplicado seria revertido à conta, para subsidiar moradias para a população de baixa renda. O projeto de lei que o governo mandará ao Congresso poderá ser enviado em regime de urgência constitucional, informou o ministro Luiz Marinho. Segundo o secretário executivo do Conselho Curador do FGTS, na reunião de hoje, foram apreciados outros votos de caráter técnico, não relevantes para o público.