Conselho de Ética da Câmara deve notificar deputados no início da próxima semana

29/08/2006 - 13h29

Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar(PTB-SP), disse que não aceita pressões para retardar os processos contra os 67deputados acusados de envolvimento no esquema de compra superfaturada deambulâncias. “Estou recebendo pressões das mais diversas. Já estou cansado. Nãoaceito pressão mais de ninguém. Os processos vão andar normalmente”, afirmou.Ele contou que tem recebido, inclusive, correspondências anônimas e que játeria as enviado a Polícia Federal para investigar.Segundo ele, os deputados devem ser notificados até oinício da semana que vem. Para Izar, há um movimento que busca desestabilizar ocolegiado e os parlamentares responsáveis por julgar os processos. “É chocantepara nós. Iniciou- se dentro do Congresso um movimento de desestabilizar quemvai julgar. Querem desestabilizar Conselho de Ética e corregedoria. Queria quea CPI investigasse isso”, disse.Ontem, o empresário Luiz Antonio Vedoin, sócio da Planam,encaminhou ofício à CPI dos Sanguessugas negando o envolvimento dos deputadosRicardo Izar, Ciro Nogueira (PP-PI), corregedor da Câmara; José Múcio (PE),líder do PTB, e Luiz Piauhylino (PDT-PE), na compra de ambulâncias superfaturadascom recursos de emendas parlamentares. De acordo com uma revista semanal, osquatro parlamentares teriam sido citados por Vedoin como envolvidos no esquemade fraudes das ambulâncias.O presidente do Conselho de Ética disse que vai trabalhartranqüilamente e pedirá aos integrantes do colegiado que reúnam as suas emendasdessa e da legislatura anterior e enviem ao Tribunal de Contas, para MesaDiretora, e Ministério Público. “Precisamos mostrar abertamente as nossasemendas”, observou.