Assembléia discute direitos da mulher indígena

29/08/2006 - 0h19

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A defesa dos direitos da mulher indígena, a geração de emprego e renda e acapacitação na área de saúde, especialmente nos direitos reprodutivos, paraessas mulheres estão em debate hoje (29) na Assembléia Geral da Rede Grumin deMulheres, no Rio de Janeiro.A Rede Grumin (Grupo Mulher e Educação Indígena) pretende, com o evento,discutir políticas públicas para a inserção das mulheres indígenas no mercadode trabalho, nas escolas e nas universidades. Além disso, a assembléia vaidiscutir propostas para a organização e a capacitação dessas mulheres na áreade saúde, educação, trabalho, moradia e questão territorial. O gruporeivindica, ainda, a criação da Casa Rede Grumin de Mulheres, como centroformador de pessoal e a Casa da Alimentação, como forma de discutir a nutriçãodessa parcela da população.“A assembléia tem o objetivo de reestruturar o Grumin do aspecto político,organizacional e estrutural, promover eventos, capacitação e promoção dedesenvolvimento na comunidade com geração de renda, capacitação na área desaúde dos direitos reprodutivos, que é uma demanda muito importante,capacitação na área de violência, educação, saúde. Estamos empenhadas nessaluta”, explicou a coordenadora do Grumin, Eliana Potiguara.Segundo ela, as dificuldades das mulheres indígenas são muitas. Envolvemdesde a sensibilização da sociedade para os problemas dessa parcela dapopulação até a capacitação e a orientação quanto à demarcação de terras.“Atender às demandas das mulheres indígenas, no sentido de que elas possam teracesso ao trabalho, à maternidade segura, abrir espaço para as mulheresindígenas escritoras, para que elas possam desenvolver textos e reivindicar odesenvolvimento de serviços básicos que a gente precisa na área de saúde,educação, trabalho, demarcação das terras. São essas demandas que estamosinteressadas”, disse.Para isso, de acordo com Eliana, serão feitas parcerias com o governo doestado do Rio de Janeiro, com o movimento feminista do estado e com outrosmovimentos indígenas.O Grumin foi formado em 1996 e logo se transformou na Rede de ComunicaçãoIndígena para mobilizar os povos indígenas quanto aos seus direitos.