Teste do pezinho pode ser realizado em todos recém-nascidos, diz especialista

28/08/2006 - 17h34

Manoela Alcântara
Da Voz do Brasil
Brasília - No Brasil, mais de 2,5 milhões de recém-nascidos fazem oteste do pezinho por ano. O número representa quase 84% dos nascidos vivos.Para ampliar os testes e avaliar o que tem sido feito desde a implementação doPrograma Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), em 2001, o Ministério da Saúderealiza até amanhã (29) o IV Congresso Brasileiro de Triagem Neonatal. Conhecida como o teste do pezinho, a triagem identificadoenças congênitas e infecciosas, permitindo o tratamento e diminuindo asseqüelas de doenças como a fenilcetonúria, hipotiroidismo congênito, anemiafalciforme, hemoglobinopatias e fibrose cística. Essas doenças podem levar àdeficiência mental e até à morte. De acordo com a presidente da Sociedade Brasileira deTriagem Neonatal, Tânia Mariani de Carvalho, o PNTN atende hoje 84% dos bebêsnascidos no Brasil e pode chegar a diagnosticar 100% dessas crianças. “O número de bebês atendidos pelo programa dobrou desde2001. Mesmo os bebês que nascem na rede privada têm o direito de fazer o testedo pezinho pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, informou. Para ela, garantir que todo recém-nascido faça o teste é umaquestão de organização da rede de atendimento. “É importante que em todomunicípio exista um posto de coleta que inclua a criança no programa”,defendeu. O assessor técnico do Departamento de Atenção Especializadado Ministério do Saúde, Joselito Pedrosa, explicou que o programa não atende osbebês apenas na hora do nascimento. “A triagem é feita em unidades básicas de saúde, em até setedias após o nascimento. Em seguida, o material é colhido e enviado a umlaboratório de referência que realiza os testes. A partir da detecção positivade uma patologia, todo o acompanhamento e tratamento desse indivíduo é feito,dependendo da doença, durante toda a vida dele”, disse.