Thaís Brianezi
Repórter da Agência Brasil
Manaus - O primeiro contrato de financiamento do Fundo deDesenvolvimento da Amazônia (FDA), criado em 2001, foi assinado hoje (28) emManaus. “É um ato de grande simbolismo, porque coloca em operação um programaque estava parado”, declarou o presidente do Banco da Amazônia (Basa), MâncioCordeiro. O financiamento, de R$ 126 milhões, será destinado àconstrução da Usina Termoelétrica Ponta Negra, em Manaus. O custo total da obraestá orçado em R$ 234,2 milhões. “O contrato abre possibilidades para novos patamares deinvestimento na região, para o financiamento de projetos estruturantes”. O ministro da Integração Nacional, Pedro Brito, informou queo “co os R$ 700 milhões aprovados para este ano e os R$ 750 milhões previstos para2007, apoiaremos muitos projetos na região”. Brito anunciou que nos próximos 15 dias haverá a celebraçãode novos contratos. Criado por medida provisória, a mesma que extinguiu aSuperintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e criou a Agência deDesenvolvimento da Amazônia (Ada), o fundo tinha orçamento de R$ 440 milhões –que voltou para o Tesouro Nacional por falta de procura.O diretor-geral da Ada, Djalma Mello, explicou que as regrasnão tornavam atrativo para o empresário a busca do financiamento. “As garantiasque o empreendedor precisava apresentar eram reais e pré-existentes. Ou seja, odinheiro estava disponível só para quem não precisava dele. Além disso, o prazode pagamento era de apenas 10 anos”, disse. No ano passado, segundo Melo, um decreto alterou as regas defuncionamento do fundo.“Agora o investidor pode apresentar fianças bancárias eoutros tipos de garantias já usados pelo BNDES e pelo Banco da Amazônia”,informou. “O prazo de pagamento foi ampliado para 20 anos”. O FDA financia apenas projetos privados executados porempresas de capital aberto. O valor do empréstimo não pode ser superior a 60%do custo total do empreendimento.