Patrícia Landim
Da Agência Brasil
Brasília - Expandir o ensino médio para as comunidades rurais é o principal investimento previsto pelo governo do Piauí quando o estado passar a receber recursos da União para a educação. Isto só ocorrerá após a aprovação, pelo Congresso Nacional, do novo fundo da educação básica, o Fundeb. Atualmente, o Piauí – um dos estados com menor investimento no setor – não recebe qualquer auxílio do governo federal.O secretário de Educação e Cultura do Piauí, José Barros Sobrinho, prevê a possibilidade de colocar na rede pública a maioria dos jovens em idade de cursar o ensino médio, além de facilitar o acesso dos alunos e reduzir o gasto com transporte, já que estarão mais próximos da escola. “Hoje temos em torno de 95% dos alunos de 7 a 14 anos na escola, com isso estamos quase universalizando o ensino fundamental. No ensino médio, temos em torno de 85%”, disse.Sobrinho também informou que pretende resolver problemas de manutenção e recuperação de escolas: “Ou vem o Fundeb para garantir ou a gente vai ficar numa situação mais difícil”. Atualmente, de acordo com o secretário, existem 408 mil alunos na rede pública do Piauí.Em relação ao ensino infantil, o secretário também conta com o Fundeb para resolver uma situação provisória surgida na transferência do ensino infantil para os municípios: “Onde havia creche, negociamos com os prefeitos, cedemos prédios, equipamentos e professores por um período de um ano, até o município se ajustar”.Em 2005, segundo Sobrinho, 32% da arrecadação estadual foram revertidos para a educação – o investimento anual é de R$ 325 milhões, em média. O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) informou que no ano passado a União disponibilizou R$ 22,171 milhões para o Piauí, por meio do Fundef, o fundo do ensino fundamental. O estado deixou de receber o fundo em 2006, por ter ultrapassado o valor/aluno estipulado pela legislação, de R$ 682,60 para as séries iniciais.