Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os líderes partidários da Câmara estão reunidos com o presidente da Casa, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), para tentar um acordo que permita a votação das quatro medidas provisórias e dos quatro projetos de lei que trancam a pauta de votações da Câmara. Tem sido difícil chegar a uma solução. Há mais de um mês, a Câmara não vota nenhuma matéria, já que o primeiro item da pauta é a MP 291, que reajusta em 5% os benefícios de aposentados e pensionistas.Desde 7 de junho, a Câmara tenta votar essa MP, mas governo e oposição não chegam a um entendimento. O governo não aceita um aumento maior que 5% e a oposição não abre mão dos 16,67%, mesmo reajuste concedido ao salário mínimo.A oposição apresentou três emendas aglutinativas à MP 291. Duas delas fixam o reajuste em 16,67%, eliminando a possibilidade de o reajuste ser de 5%. No entanto, a outra emenda aglutinativa, de autoria do líder do PFL, deputado Rodrigo Maia (RJ), mantém o reajuste de 5% no caput (cabeça) da MP e, no parágrafo primeiro, propõe mais 11,67%, num total de 16,67%.O líder em exercício do governo, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), disse que o governo está trabalhando para desobstruir a pauta de votações entre hoje (10) e amanhã, e os deputados poderem votar matérias como a Lei Geral da Pequena e Micro Empresa, a loteria Timemania, Portos Secos e outras que estão na ordem do dia.“Não vamos ficar mais marcando passos em assuntos espinhosos. Se a oposição quiser repetir a dose nesse debate (o mesmo da MP 288, quando a oposição conseguiu aprovar o reajuste de 16,67%), vamos para o voto”, disse Albuquerque.