Planos de saúde e empregados domésticos puxaram inflação para idosos

07/07/2006 - 13h08

Norma Nery
Repórter da Agência Brasil
Rio - O aumento de despesas com planos de saúde e empregados domésticos contribuiu para interromper a tendência de queda que os gastos dos consumidores idosos vinham apresentando.A inflação para o grupo registrou leve alta de 0,07% nos meses de abril, maio e junho, ficando 0,33 ponto percentual acima do índice calculado para a população em geral (IPC-BR), que foi de – 0,26%.De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, no trimestre anterior, a variação foi de 0,82% e, em igual período do ano passado, 1,83%.Os dois itens que mais contribuíram para o resultado fazem parte do grupo Habitação e Saúde e Cuidados Pessoais que apresentaram as maiores variações de preços. A despesa com empregados domésticos teve alta de 5,92% e com os planos de saúde, 3,66%.A explicação para a menor queda de preços para os idosos em comparação com o Índice de Preços ao Consumidor da População Brasileira (IPC-BR), é que as famílias, especialmente com crianças, sofrem mais impacto no orçamento com educação, transporte e vestuário, enquanto itens como saúde são mais determinantes para a terceira idade.No segundo trimestre, as maiores contribuições para a desaceleração do IPC-3i foram dos grupos Alimentação (frutas –13,47%), Educação, Leitura e Recreação (passeios e férias –9,07%) e Transportes (combustíveis e lubrificantes –0,46%).O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i) pesquisa os gastos das famílias cuja composição é de pelo menos 50% de pessoas com mais de 60 anos de idade. O perfil de consumo médio dessas famílias foi construído com base no levantamento realizado pela Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada no biênio 2003/2004.