Beatriz Pasqualino
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo informou hoje (7) que desde o início desta manhã, seis médicos escoltados pela Polícia Militar fazem o atendimento a cerca de 100 presos doentes no Anexo de Detenção Provisória do município de Araraquara, interior paulista. Segundo a Secretaria, os casos mais comuns são de hipertensão, diabetes e asma.
A secretaria informou que a penitenciária do complexo deveria abrigar 496 presos, mas somava 539; o Anexo deveria abrigar 750 e somava 998, até ontem (6). Todos os 1.447 detidos estão ao ar livre desde a destruição das celas, em 16 de junho.
Pelo menos mil presos de Araraquara estão confinados em área aberta, sem condições mínimas de higiene ou atendimento médico, disse o secretário geral no Estado de São Paulo do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp), Rozaldo José da Silva. Eles foram confinados em um pátio, sem cobertura ou qualquer infra-estrutura para abrigar presos, depois que a penitenciária foi destruída em uma rebelião.
A Secretaria informou ainda que a partir da próxima semana dois pavilhões do Anexo de Detenção Provisória serão liberados e os presos serão transferidos para esses espaços. Mas alguns podem ter que ficar ainda nesse mesmo pátio onde estão hoje.
A licitação para a reforma do presídio já foi feita e as obras devem começar em breve, mas o governo do estado prefere não anunciar a data precisa.