Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A classificação indicativa não pode ser confundida comcensura, afirmou o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, naabertura de seminário sobre o tema. "A censura não existe no Estadobrasileiro desde a Constituição de 1988. A classificação indicativa é ocontrário disso, é a possibilidade de dar liberdade aos pais paradecidirem o que os filhos vão ou não ver".Classificação indicativa é a recomendação sobre a faixa etária adequada para programas audiovisuais como filmes e novelas.Uma das novidades apresentadas no seminário é o critério "especialmenterecomendado para crianças e adolescentes", que será exibido antes deprogramas que tenham conteúdos considerados positivos para essas faixasetárias. Também serão exibidos, a partir de agora, símbolospadronizados com a recomendação da idade ideal para assistir aosprogramas e filmes.De acordo com o diretor do Departamento de Justiça, Classificação,Títulos e Qualificação do Ministério da Justiça, José Elias Romão, osnovos critérios da classificação indicativa deverão ser exibidos noscinemas já a partir da próxima semana. No caso da televisão, a exibiçãodeve ser regulamentada até o final do ano."A classificação indicativa é a expressão mais bem acabada do Estado deDireito, porque impõe um processo de participação", afirmou Romão. Elelembrou todo o processo de implantação do novo sistema, desde a ediçãoda Portaria nº 378, de março de 2005, o primeiro passo para a criaçãoda classificação indicativa.