Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), defendeu que as investigações da CPMI não fiquem restritas às irregularidades detectadas no Ministério da Saúde, no que se refere à compra fraudulenta de ambulâncias com recursos públicos.

Como também foram encontradas fraudes semelhantes nos Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, conforme anunciou Jungman, ele acredita ser necessário estender as investigações também a esses dois órgãos. Mas, para isso, conforme observou, o foco da CPMI dos Sanguessugas, que foi criada com o intuito de investigar a máfia no âmbito do Ministério da Saúde, terá de ser ampliado, o que exige análise por parte dos parlamentares em plenário.

Jungman apresentou esta semana dois requerimentos à CPMI dos Sanguessugas. Um deles pede a revisão da manutenção do sigilo dos nomes dos parlamentares investigados por suposta participação na máfia das ambulâncias, conforme determinado pela Justiça Federal. "Eu acho um absurdo e uma aberração a manutenção desse sigilo neste momento", afirmou.

O outro requerimento pede que a comissão continue os seus trabalhos durante o recesso parlamentar, que começa na segunda quinzena de julho. Segundo informou o deputado, os dois requerimentos devem ser analisados na próxima reunião administrativa da comissão, que deverá ocorrer amanhã (5).