Principais candidatos nas eleições do México não terão maioria no Congresso

04/07/2006 - 16h49

Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Qualquer que seja o vencedor das eleições à presidênciada República no México, o sucessor do atual presidente Vicente Foxenfrentará dificuldades para defender os projetos do governo noCongresso. Os candidatos presidenciais favoritos, de acordo com aapuração parcial dos votos, são Felipe Calderón, do Partido AçãoNacional (PAN), com a preferência de 36,38% dos eleitores, e, emsegundo lugar, López Obrador, da Aliança para o Bem de Todos, com35,34%.Para o professor da Universidade de Brasília (UnB) Argemiro Procópio, oquadro atual permite afirmar que nenhum dos dois candidatos deverá termaioria no Parlamento. "Muitas coligações terão de ser feitas", disse.Outro ponto destacado pelo professor é que a "polarização" verificadanas eleições representa o fim do domínio do Partido RevolucionárioInstitucional (PRI), que dominou a cena política do país de 1929 a2000, ano em que o atual presidente foi eleito, pelo Partido AçãoNacional. "O PRI tinha as maiores bancadas parlamentares e ele perdeagora tudo isso", disse. Segundo o secretário de Assuntos Econômicos da Embaixada do México noBrasil, Marco Antonio Huerta, confirma que a apuração das eleiçõesmostra o candidato do PRI, Roberto Madrazo, em terceiro lugar nacorrida presidencial, com 21,57% dos votos. De acordo o diplomata,Madrazo já reconheceu que não tem chances de vencer o pleito.O representante da embaixada do México disse que, no entanto, ainda écedo para afirmar quem será o vencedor da eleição, de apenas um turno."Até agora não é possível dizer quem ganhou, porque a diferença émínima". Ele explicou que a duração do mandato presidencial no México éde seis anos e que não há previsão constitucional de reeleição.