Superávit primário consolidado alcançou R$ 6,3 bilhões em maio

30/06/2006 - 14h18

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O superávit primário do setor público consolidado no mês de maio, que envolve toda a economia para pagamentos dos juros da dívida, foi de R$ 6,3 bilhões – um pouco acima do saldo positivo contabilizado no mesmo mês do ano passado, de R$ 5,8 bilhões, mas muito mais baixo que os R$ 19,4 bilhões registrados no mês anterior.Apesar disso, o superávit primário acumulado nos cinco primeiros meses do ano é de R$ 46,7 bilhões, equivalentes a 5,79% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas no país. Ainda assim, em maio do ano passado, o superávit acumulado também era maior, de R$ 50,3 bilhões, e representava 6,7% do PIB de então.Os números constam do relatório de Política Fiscal, divulgado hoje (30) pelo Banco Central, e mostram que o governo central (incluindo Banco Central e Previdência Social) economizou R$ 3,14 bilhões em maio, enquanto estados e municípios pouparam R$ 2,12 bilhões e as empresas estatais tiveram saldo de R$ 1,02 bilhão. Esforço insuficiente, porém, para pagar os juros da dívida, que foram de R$ 7,15 bilhões em maio.No ano, a economia do governo central soma R$ 31,6 bilhões (3,92% do PIB), enquanto os governos regionais produziram saldo de R$ 10,08 bilhões (1,25% do PIB) e as estatais de R$ 4,97 bilhões (0,62% do PIB). Os sacrifícios com corte de investimentos não foram capazes, contudo, de acompanhar as despesas com juros, que contabilizam R$ 64,2 bilhões no ano.Considerando-se o fluxo acumulado dos últimos 12 meses, o superávit primário atingiu R$ 89,8 bilhões no mês de maio, o que equivale a 4,51% do PIB, mantendo-se acima da meta de 4,25% estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Só que, no mesmo período, os juros somaram R$ 156,4 bilhões (7,85% do PIB), o que traduz necessidade de financiamento (déficit) de R$ 66,5 bilhões, ou 3,34% do PIB.