Servidores da área administrativa não gostaram do aumento oferecido pelo governo

30/06/2006 - 19h15

Érica Santana
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os servidores do Plano de Classificação de Cargos (PCC), que atuam na área administrativa do Poder Executivo e são mais de 290 mil, não ficaram satisfeitos com o reajuste anunciado ontem (29) pelo governo. A afirmação é do secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Josemilton Costa.

Segundo ele, os servidores se sentiram discriminados. "São os piores salários da administração pública, e vão continuar sendo. Há uma insatisfação porque o governo não buscou tratar com isonomia e igualdade o PCC, principalmente no tocante aos aposentados".

Costa disse que o governo deveria ter traçado uma política salarial que corrigisse a defasagem existente entre os trabalhadores do Poder Executivo. "Ao não fazer isso, o governo acabou aumentando as distorções, que continuam muito grandes entre os trabalhadores do plano de classificação de cargos e os das áreas de diplomacia, segurança e fisco".

O secretário-geral lembrou que a categoria ficou mais de oito anos sem reajuste. "Nesse governo houve alguns incrementos salariais, mas foram insuficientes para recompor as perdas dos últimos anos para esses trabalhadores". De acordo com ele, o aumento não garante o fim da greve. "Com certeza o movimento pode ser estendido, porque eles não se sentem contemplados por essas medidas provisórias".