Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A dívida líquida do setor público encerrou o mês de maio em R$ 1,018 trilhão, abaixo do resultado de abril, quando a dívida foi de R$ 1,15 trilhão. Na relação com o Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas pelo país), houve queda de 51% para 50,70%, o que significa que 50,70% de tudo que o país produz está comprometido com o pagamento da dívida.

A informação consta do relatório de Política Fiscal, divulgado hoje (30) pelo economista Luiz Sampaio Malan, do Departamento Econômico do Banco Central. Segundo ele, a relação dívida/PIB era de 51,5% em dezembro de 2005 e caiu 0,8 ponto percentual de lá para cá.

A redução acompanha a projeção feita por analistas do mercado financeiro ouvidos no último boletim Focus, do Banco Central. A pesquisa diz que os analistas estimam que, ao final do ano, essa relação estará em 50,50% e, no final de 2007, em 49,10%.

O superávit primário (economia feita pela União, estados, municípios e empresas estatais para pagar juros da dívida) foi o que mais contribuiu para a redução da relação dívida/PIB, seguida de perto pela valorização do real frente ao dólar norte-americano e o próprio efeito de crescimento do PIB.

De acordo com o relatório do BC, a dívida líquida do setor público é formada, essencialmente, pela dívida mobiliária federal, expressa em títulos públicos. Em maio, a dívida mobiliária federal chegou a R$ 999,096 bilhões, o que equivale a 49,7% do PIB.