Vendas no comércio crescem 7,42% em abril na comparação com 2005

19/06/2006 - 12h45

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Rio - As vendas do comércio varejista brasileiro cresceram 7,42% em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação a março deste ano, o aumento nas vendas foi de 1,52% e o crescimento no faturamento dos lojistas ficou em 1,43%.

De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta acumulada de vendas do comércio varejista nos primeiros quatro meses do ano foi de 5,64%, acima da taxa de 4,84% acumulada no mesmo período do ano passado.

Na passagem de março para abril, dos oito setores pesquisados pelo IBGE, seis tiveram expansão nas vendas entre março e abril de 2006. Os destaques foram os setores de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação. O setor de combustíveis e lubrificantes foi um dos poucos a registrar desempenho negativo no período.

Na avaliação do economista do IBGE Reinaldo Silva Pereira, o comércio varejista brasileiro tem se beneficiado de fatores como a melhoria na renda do trabalhador e dos níveis de ocupação. O câmbio também influenciaria no aumento das vendas, principalmente de produtos de informática.

"Durante todo o ano de 2005 e nestes primeiros quatro meses de 2006 o desempenho do comércio varejista tem se mantido com taxas positivas e estes resultados são reflexos da redução do desemprego e do aumento do rendimento médio do trabalhador", explica Pereira. "Também deve-se destacar que a manutenção do câmbio tem baixado o preço dos produtos importados e, com isso, as vendas vem aumentando."

As vendas de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação cresceram 16,57% em abril na comparação com abril de 2005. As vendas de combustíveis e lubrificantes continuaram em queda em abril, tanto na comparação com março (-2,28%), quanto em relação a abril do ano passado (-10,99%).

"A queda nas vendas deste setor está relacionada ao aumento de preços dos produtos. Somente no ano passado, os combustíveis subiram 17%, enquanto a inflação apurada pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) também do IBGE ficou em 4,8%", justificou o economista Reinaldo Pereira.