México defende representação regional e não de um único país em Conselho de Segurança da ONU

12/06/2006 - 15h38

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O secretário de Relações Exteriores do México, Luis Ernesto Derbez, disse hoje (12) que seu país não se opõe à reivindicação brasileira de ter um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Mas ressaltou que os mexicanos defendem assentos de representação regional, e não de um único país, como quer o organismo internacional.

Hoje (12), Derbez e o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, encontraram-se para discutir a reforma no conselho. "A condição que o México põe, não ao Brasil, mas à reforma, é que seria melhor ter assentos que pertencessem à região", afirmou o secretário, que visita o Brasil a convite de Amorim.

O ministro disse que considera "sutil" a diferença do posicionamento mexicano. De acordo com ele, a intenção do Brasil, uma vez no conselho de forma permanente, é ouvir a América Latina e o Caribe. "Já fazemos [conversar com os países da região] isso, como o México fazia não sendo membro permanente. E faríamos com mais razão se formos permanentes", observou. "Estamos, inclusive, dispostos a institucionalizar mecanismos de consulta nesse campo porque compreendemos que tem que ser assim".

Segundo o ministério, o México é hoje o quinto maior parceiro comercial do Brasil. Entre os anos de 2000 e 2005, as exportações brasileiras àquele mercado cresceram em média 26,5%. No mesmo período, as vendas mexicanas ao Brasil tiveram aumento médio de 7%.

A visita do secretário termina amanhã (13), quando ele vai para São Paulo visitar empresários.