Aldo diz que agiu como julgou adequado ao ordenar prisão de manifestantes

12/06/2006 - 19h57

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), reagiu às declarações de líderes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), publicadas hoje (12)na imprensa, de que entrarão na Justiça por abuso de autoridade nas prisões efetuadas pela polícia depois da invasão da Câmara na semana passada.

"Eu adotei o procedimento que achei adequado. Houve invasão, depredação, agressão, e num país onde a lei proíbe a agressão e a depredação, eu não teria, como autoridade, outra saída senão ordenar de imediato a prisão", afirmou Aldo Rebelo.

O deputado ressaltou que, se sua determinação constitui abuso de autoridade, a decisão será tomada pela própria Justiça. "Eu, como temente a Deus e à lei, aguardarei resignado", disse Aldo. Segundo ele, caberá à Justiça determinar quem deve arcar com os prejuízos causados pela depredação da Câmara.

Em entrevista à imprensa, o deputado informou que está conversando com líderes da base aliada e da oposição para tentar desobstruir a pauta da Câmara, que tem três medidas provisórias e dois projetos de lei com urgência constitucional à espera de votação.

"Eu faço um esforço com os líderes do governo e da oposição para que possamos desobstruir a pauta e iniciar o processo de votação de outras matérias para as quais já há acordo firmado, como é o caso da conclusão da votação do projeto de lei da Timemania e a votação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa", disse ele.