Adriana Franzin
Da Agência Brasil
Brasília – "A gestão do futebol precisa ser mais profissional, mais transparente, para que possamos atrair investidores", defendeu o ministro do Esporte, Orlando Silva de Jesus Júnior, no programa Diálogo Brasil, exibido hoje (31) em rede pública de televisão. No estúdio da TV Nacional, em Brasília, ele acrescentou que não adianta o Brasil produzir craques se não estruturar o futebol.
Segundo o ministro, "o esporte faz com que os jovens possam ter uma porta de entrada na cidadania". Ele lamentou que os jogadores deixem o país em busca de melhores salários, mas reconheceu que não há como mantê-los oferecendo condições menos favoráveis.
O deputado federal Carlos Melles (PFL-MG), ex-ministro do Esporte (2000 a 2002), também no estúdio da TV Nacional, destacou a Lei Pelé como um marco para a história do futebol no país: "O futebol melhorou e se organizou muito". E também lamentou os problemas de gestão: "O esporte deixou de ser lazer e virou negócio. É preciso que os jogadores fiquem mais aqui". Ele lembrou ainda que 70% dos recursos para os clubes vêm das transmissões dos jogos pela televisão.
No estúdio da TV Cultura, em São Paulo, o secretário de Esporte e Lazer da Prefeitura de Diadema, Wladimir Rodrigues dos Santos, defendeu que o melhor do futebol brasileiro é o surgimento constante de novos jogadores. Ex-jogador da seleção brasileira e do Corinthians, ele afirmou que a Lei Pelé é a "carta de alforria do atleta". E acrescentou: "Nós éramos os únicos trabalhadores que não tinham o poder de ir e vir no Brasil".
Os debates do Diálogo Brasil são mediados pelo jornalista Florestan Fernandes Júnior. O programa é transmitido ao vivo para todo o país, sempre às quartas-feiras, das 22h30 às 23h30. Os telespectadores podem participar enviando perguntas e sugestões pelo e-mail dialogobrasil@radiobras.gov.br e pelo telefone (61) 3327-4210.