ELEIÇÕES 2006 - Aldo pede à população confiança na política

31/05/2006 - 9h37

Cristina Índio do Brasil
Repórter da Agência Brasil

Rio - O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB/SP), pediu à população que tenha confiança em si e no Brasil, nas eleições deste ano. Em entrevista ao programa Notícias da Manhã, da Rádio Nacional, o parlamentar afirmou que a política é um instrumento que não tem como ser substituído por nenhum outro na condução dos interesses da população e do país. De acordo com Aldo, os eleitores vão precisar avaliar quem age de acordo com o interesse público e não particular.

"Na política, o melhor caminho é separar o joio do trigo, partir do pressuposto de que, se há coisas erradas, deformações vícios e crimes que podem ser cometidos na esfera pública e na política, há também um grande número de pessoas sérias honradas de espírito público, que se dedicam aos interesses do país", disse. "A população na hora de votar tem que separar aquilo que na política tem interesse público daquilo que não tem".

O deputado informou que as investigações sobre o envolvimento de parlamentares na compra irregular de ambulâncias, investigada na Operação Sanguessuga da Polícia Federal, prosseguem no Ministério Público. Segundo ele, toda vez que essas investigações confirmarem o envolvimento de deputados, a resposta será dada pela Câmara. "Sempre que o Ministério Público apontar o envolvimento de um deputado a Câmara vai adotar as medidas cabíveis", assegurou.

Aldo explicou porque a maioria dos líderes partidários foi contra a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar o caso. Segundo ele, o Ministério Público vinha investigando a operação há dois anos e dispunha da capacidade de oferecer à Câmara informações dobre envolvimento ou não de parlamentares.

Ele lembrou que a instalação de uma CPI iria jogar essas investigações para os meses de setembro ou outubro, em pleno período eleitoral. "A maioria dos líderes foi favorável a que esta investigação começasse pelo Ministério Público, que já vinha dando curso a este trabalho há cerca de dois anos".