Rede de proteção ampliará combate à violência contra idoso, acredita presidente do conselho nacional

25/05/2006 - 14h30

Daniel L’acosta
Da Voz do Brasil

Brasília - O subsecretário de Promoção dos Direitos Humanos da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, e presidente do Conselho Nacional do Idoso, Perly Cipriano, defendeu hoje (25) a criação da Rede Nacional de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa.

Para ele, o mecanismo ampliará o combate à violência contra os idosos, melhorando a fiscalização e a mobilização social por meio da articulação entre instituições, profissionais e famílias. "O envelhecimento não é uma doença é uma conquista que deve ser valorizada e tratada com respeito e dignidade", lembrou Cipriano, em entrevista nos estúdios da Radiobrás.

"Por este motivo a rede será um instrumento de mobilização das famílias, das instituições, enfim de todos os segmentos da sociedade e do poder público no sentido de perceber que um dia todos nós iremos envelhecer."

Esta semana, mais de 400 representantes de entidades de proteção ao idoso de todo o país participam da 1ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa. A Rede Nacional de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa é um dos principais pontos de debate.

Na avaliação do presidente do Conselho Nacional do Idoso, o Brasil avançou muito nos últimos tempos, com o Estatuto do Idoso. O grande desafio agora seria mudar a cultura do brasileiro para que essa lei saia do papel.

"Para ser ter uma idéia, grande parte da violência do idoso é praticada dentro do lar. Governo nenhum consegue acabar com a violência doméstica. É preciso além de mudar a cultura, aumentar a fiscalização e mobilizar a sociedade" disse Perly Cipriano, para quem a conferência é um marco histórico.

"Mais de 14 mil pessoas participaram de conferências que foram realizadas nos estados brasileiros. São essas pessoas que trouxeram para Brasília contribuições valiosas no sentido de, por exemplo, debater um plano de enfrentamento contra a violência."

A 1ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa termina nesta sexta-feira. Ao final das discussões, será elaborado um documento para todas as representações da sociedade civil e do poder público. A Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, através dos conselhos estaduais, se encarregará de divulgar os resultados do encontro para cobrar ações mais efetivas dos governos federal, estaduais e municipais.