Bianca Paiva
Da Agência Brasil
Brasília - No Dia Nacional de Mobilização pela Criança Protegida no Carro, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) e a Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica (Sbop) promoveram hoje (25) em 11 capitais uma campanha para informar, com cartazes, panfletos e camisetas, sobre o uso correto do cinto de segurança e das cadeiras para bebês.
Segundo o presidente da Sbot, Aloísio Bonavides, o uso dessas cadeiras pode evitar mortes, traumatismos e seqüelas irreparáveis. "O bebê-conforto deve ser colocado no centro do banco traseiro, com a cabeceira na direção oposta à do motorista. À medida que a criança cresce, pode usar a cadeira e acima de quatro anos já é possível o uso de suportes para o cinto de segurança", explicou.
Quando atinge 1,45m, acrescentou Bonavides, a criança já pode ficar no banco dianteiro, usando o cinto de segurança convencional de três pontas. "A legislação em vigor prevê que a criança deve ter um dispositivo de segurança, mas não particulariza ainda esse tipo de dispositivo de segurança", disse.
O Código de Trânsito Brasileiro determina que as crianças com menos de 10 anos de idade devem ser transportadas nos bancos traseiros dos veículos e usar, individualmente, cinto de segurança ou sistema de retenção equivalente. A assessoria de imprensa do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) informou que o processo de regulamentação do uso de cadeirinhas está sendo analisado pela Câmara Temática de Assuntos Veiculares do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
Ainda, segundo a assessoria, "para que o Contran determine o uso correto do acessório, é necessário que antes haja uma regulamentação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), a quem cabe estabelecer os requisitos obrigatórios para a fabricação e certificação dos dispositivos de retenção (cadeirinha)".
Dados do Denatran apontam que, no Brasil, mais de 2 mil crianças e adolescentes morrem todo ano em acidentes de carro e 38 mil sofrem lesões, muitas vezes irreversíveis. Os acidentes de trânsito são a principal causa externa de morte de crianças de até 14 anos.