Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem) de São Paulo negou hoje (22) qualquer tipo de perseguição contra a presidente da Associação de Mães e Amigos de Crianças e Adolescentes em Risco (Amar), Conceição Paganele. No dia 9 de maio, entidades de defesa dos direitos humanos denunciaram à Organização das Nações Unidas (ONU) supostas ameaças de funcionários da Febem contra Paganele e acusaram a fundação de perseguí-la.
De acordo com assessoria de imprensa da Febem, a corregedoria do órgão abriu sindicância para apurar as denúncias e chamou a ativista para prestar depoimento por três vezes. Na última delas, Conceição Paganele teria enviado um documento afirmando que não iria prestar depoimento porque não tinha como comprovar as ameaças que estava sofrendo.
A Febem diz que o nome da presidente da Amar apareceu em vários depoimentos de funcionários e de menores. Ela seria mencionada como responsável por incitar os jovens a fazer rebeliões, fugir das unidades e tomar os funcionários como reféns durante as rebeliões.
Os depoimentos nesse sentido foram enviados ao 81º Distrito Policial da Capital, em São Paulo, que decidiu abrir investigação sobre a ativista. A presidente da Amar agora é investigada pelos crimes de dano ao patrimônio, incitação ao crime, formação de quadrilha e facilitação de fuga. Conceição Paganele afirma não temer as investigações e espera um esclarecimento rápido.