Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Depois de sete semanas de reduções da projeção de inflação, a pesquisa que o Banco Central faz todas as semanas com uma centena de analistas de mercado manteve a estimativa de 4,32% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no ano.
Também repetiu as previsões de 0,23% para a inflação deste mês e de 0,25% para o comportamento de preços no mês de junho; mas aumentou de 4,18% para 4,20% a previsão para os próximos doze meses.
Essa "parada" das projeções em queda deveu-se ao fato de há duas semanas terem se invertido os prognósticos de inflação dos preços no atacado, que caíram durante mais de dois meses.
Os dados constam do boletim Focus, divulgado hoje (22) pelo BC, com informações da pesquisa feita na semana passada com uma centena de analistas do mercado financeiro. A estimativa dos entrevistados para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) aumentou de 2,92%, na semana passada, para 3,07%; e para o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) subiu de 2,99% para 3,02% no mesmo período.
Segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) medido pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe) da Universidade de São Paulo (USP), a inflação na capital paulista está em nível mais baixo que no país, e também se mantém estável, uma vez que a projeção de 3,65%, na semana anterior, evoluiu apenas para 3,66%.
A previsão de 4,50% para a meta oficial de inflação coincide com a projeção estável dos preços administrados por contrato, ou monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, saneamento, água, medicamentos, educação, transporte urbano e outros). Previsão que deve se repetir também em 2007.